terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Redenção

Traí a quem me ama. Após copos de cerveja e vinho, embriagado pelo desejo dilacerei o coração do ser que nunca me traiu. No dia seguinte após o ato consumado quis pôr ponto final num relacionamento até o momento promissor e seguro. Pensei que não sentiria nada com o final, pensei que não o amava, aí está a falha, eu calculei, eu racionalizei, eu pensei....

Após uma semana e alguns dias de namoro acabado, estava eu a lavar a casa, escutando músicas de Alcione: "Nem morta", "Pior que eu gosto", "Garoto Maroto", "Ou ela ou eu". Escutando Roberto Carlos:"Fera Ferida", "Como vai você", "Cavalgada", "Desabafo", "Amada amante", "Falando sério", "Café da manhã", bom depois de um repertório desse quem não fica abalado, mas o pior veio quando coloquei o dvd de Diogo Nogueira, e fui acometido pelas lembranças do carnaval de 2010 quando assistimos juntos o show no Marco Zero. Sofri lembrando, à noite desabafei pra colegas no msn, eu estaria sofrendo a falta da pessoa que terminei meu relacionamento, a falta? Muito simplória esta explicação.

Acordei sábado ainda muito triste, saí ,resolvi coisas, mas sua lembrança permanecia a me perturbar, perturbar no sentido de que eu estava um caco.

Segunda, quando não mais aguentei o peso sobre mim, procurei a quem eu deveria, notei uma marca vermelha no seu pescoço, perguntei o que fora aquilo, respondeu-me que era o resultado de ter "vissado", certo, mas durante o diálogo aquelas marcas não me saíam da atenção. Disse que o amava, bom essas palavras já foram proferidas tão falsamente que nem confiança poderia ser criado dali. 

Quando eu realmente quis saber a origem das marcas vermelhas em seu pescoço, vulgarmente chamado "chupão", o negócio não prestou.

Um rapaz de nome Pedro Henrique , de olhos verdes, por sinal, conheceu a pessoa que amo, no momento desimpedida e livre de mim. Não vou descrever nem delinear o fato que só pelas meras palavras me desestabilizaram o coração, pensei que não sentia amor.

Chorei, chorei, tal qual uma criança ao perder seu melhor brinquedo, chorei de soluçar. Do choro veio o "eu te amo","Não vivo sem você" e "você teve todo o direito de fazer isto", afinal causei mais dor do que senti, o que senti foi uma parcela, um décimo do sofrimento que fiz e refiz. E no entanto, esta pessoa continua a me amar, traí , traí  e me arrependo, me desconsolo. 

"Perdão, preciso ser perdoado....", termino colocando uma frase clássica da canção de Gonzaguinha: "Não dá mais pra segurar, explode coração!"


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